Ética no jornalismo, mais do que dever, um exercício de cidadania!

Ética no jornalismo, mais do que dever, um exercício de cidadania!

Para quem passou pelos bancos da academia, certamente irá lembrar das aclamadas aulas de “Ética no Jornalismo”, da contextualização nos mais variados casos de injustiça cometidos pela imprensa brasileira. A mesma imprensa que informa, que traz à tona as denúncias, e que tanto bem faz a democracia, peca muitas vezes pela falta de apuração dos fatos. Tomar como verdade meramente um lado da história sempre causa danos, às vezes irreparáveis.
O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros traz em seu capítulo I, artigo 2º, parágrafo II, que “a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público”. O parágrafo III diz ainda: “a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implicam no compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão”.
Em seu capítulo II, o Código de Ética reforça que “o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos; o jornalista deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação”.
E é justamente neste ponto que quero provocar a reflexão. Vivemos hoje um momento turbulento do jornalismo brasileiro, colocado em xeque graças a uma decisão unilateral do STF que extinguiu a exigência da formação universitária, mas que hoje felizmente já é contestada no Congresso Nacional. Assim, nós jornalistas por vocação e profissão, precisamos defender a categoria, e estimular a boa e necessária apuração dos fatos por parte daqueles que integram a imprensa brasileira. Toda a notícia tem dois lados, que devem ser ouvidos, sempre.
O retorno da exigência do diploma para o exercício da profissão é uma questão de tempo, apesar do fato que, na prática, isto nunca deixou de ocorrer. Os principais veículos de imprensa do país e até mesmo de nossa região continuam exigindo a formação universitária.

No último dia 12, os jornalistas e as entidades do campo do Jornalismo e da Comunicação conquistaram uma importante vitória. A homologação pelo Ministério da Educação das novas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Jornalismo, o que coroa o esforço empreendido principalmente pela FENAJ, FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo), SBPJor (Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo) e Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) pela qualidade e especificidade da formação profissional em Jornalismo.
Portanto, caros colegas jornalistas, vamos apurar melhor as pautas, ouvir e dar voz as suas fontes, fazer valer a luta pela valorização da nossa profissão. E viva o Código de Ética do Jornalismo Brasileiro! 

0 comentários:

Postar um comentário